17.6.14

Vamos aos Picos da Europa e voltamos já (4/5)

Dia 04: Potes - Fuente Dé - Posada de Valdeón - León
Voltámos a ignorar o autocolante. Mas isso vem mais à frente. Este foi provavelmente o dia com as melhores curvas dos Picos. O percurso entre Potes e Riaño foi mesmo para desgastarmos as laterais dos pneus.

Depois da "Pipi Room" do pequeno almoço, fomos para a estrada. Mais curvas e contracurvas para curtir. E muito. Tanto que tivemos de parar em Potes para beber uma cerveja, que a boca estava seca de tanto esforço.
Seguimos para Fuente Dé. Escusado será dizer que mais curvas (a subir) surgiram. Bem, para poupar nos carateres, sempre que referir curvas e as respetivas contracurvas, vou escrever CCV. Até Fuente Dé foi sempre em CCV largas, bem feitas. Até chegarmos a Fuente Dé. Fuente Dé assusta. O Rui queria subir o teleférico. Ou que ele caísse para ter o exclusivo das fotos para um jornal. Acabámos por não subir. Ficámos apenas parados a ver aquele colosso natural. E a comer os "embutidos" que sobraram da noite anterior.

Descemos até Potes. Como estávamos com fome, combinámos almoçar na primeira terrinha que aparecesse. Parámos, mas foi o Rui e a Inês que encontraram o tasco com uma esplanada num jardim sombreado por frondoso arvoredo. Pelo menos parecia ser um jardim… a entrada era encimada por uma placa em que se podia ler: “El curral”.

Ficámos uma hora e meia a almoçar, a comentar o dia anterior e o pouco que tínhamos feito desse dia. Eu propus ignorarmos a Posada de Valdeón. Eu pensava que ainda tínhamos autoestrada (e a respetiva seca que representa) para fazer. Foi uma decisão difícil, mas alguém tinha de a tomar.

E "'bora lá fazer caminho". Começámos a subir em estrada de montanha. Mais uma vez, muitas CCV para curtir. Foram as melhores CCV em Espanha, porra. E o Rui filmou só a parte final. Tenho a dizer que foram para aí 20 minutos em que a moto levantava de uma curva e se deitava na seguinte. FOI LINDO, ÉPICO, MARAVILHOSO. E eu não gosto de adjetivos. Catalogámos a estátua do cervo. Apreciámos a paisagem. Ligámos as motos. Seguimos caminho. CCV, CCV, CCV, CCV, CCV. Até chegarmos à placa que indica os Picos da Europa. Mais uma tagada. ;)

Seguimos até Riaño, para nos despedirmos do carrossel que são os Picos. Eu contava com 20 km de curvas (as mesmas do segundo dia, depois de sairmos da autoestrada) e depois autoestrada até León. Comentava que seria bem porreiro fazermos nacional a 100 km/h, coisa impossível em Espanha. Pensava eu. Foi meia hora de nacionais, com algumas curvas à mistura, até que fomos obrigado a entrar na autoestrada. Felizmente foi curta.

Chegámos ao hotel.
León estava prevista com a cidade "para curtir e beber umas cañas". Como se não tivéssemos feito isso nos dias anteriores. ;)
León tem uma particularidade. Há dois bairros (o húmedo e romântico) em que, se pedires uma cerveja, oferecem-te de comer umas tapitas. E assim o fizemos. Em 5 ou 6 bares diferentes. Mas acho que o sítio onde fomos mais felizes foi no (bar) Bacanal.

A noite foi pródiga em piadas e histórias, ao ponto de me descair e contar a todos que a minha bebida favorita é gin Bosford quente misturado com whisky. (Obviamente que isto foi o que toda a gente percebeu. A verdade é que só bebo água com gás.)





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