28.11.12

Nacional 2 com amigos - pt.2



Viagem - dia 0
Foi no dia 5 de junho que nos encontrámos. Chovia, daquela chuva miudinha chata que atrapalha mais do que um dilúvio. Estávamos com algum receio que o caminho até Chaves fosse sempre assim. Andar com os impermeáveis é uma seca. E a condução é mais contida. Temos de estar sempre atentos ao óleo na estrada, limpar viseira, lidar com o desconforto das luvas molhadas... 

Partimos. Autoestrada (A3) até Braga, Nacional 103 até Chaves.
A primeira paragem foi nas Cerdeirinhas, perto de Vieira do Minho. Era um pequeno café e estávamos depois da hora de almoço. Acercaram-se de nós. Não deve ser todos os dias que 4 marmanjos param frente ao café, pedem água, fumam e conversam ao telefone. Aproveitámos que já não chovia para colar os autocolantes. 
Depois discutimos se iríamos despir os impermeáveis. Como estávamos de férias, arriscámos. Toca a tirar impermeáveis e ver no que dava.

Motas em andamento. Fomos parando pelo caminho para fotografar o que ia aparecendo. Vistas da albufeira do Gerês, barragens, etc, etc, etc.

Chegámos a Chaves de tarde, depois da hora de almoço. Descarregámos as motas (alguns demoraram muuuuuito tempo a fazê-lo). 'Bora para a vila beber um finito e conhecer isto. 
Logo à entrada perguntámos onde podíamos comer bem e barato. Indicaram-nos o beijinho doce. Gostámos do nome, não entrámos para comer. Sentámo-nos numa esplanada e decidimos ir à Adega Faustino. Fama a mais para o que se come... vale pelo sítio.
Regresso ao hotel, beijinhos e abraços e até amanhã


Viagem - dia 1

Combinámos que não íamos ter hora para sair. À medida que acordássemos, tomávamos o pequeno almoço, prepravámos as motas, etc.
Era o início da Viagem. Motas atestadas de tralha e partimos. Primeira paragem: km 0. Tinha de ser. A partir daqui era o GPS que nos guiava e a memória que eu tinha de novembro. Eu era o cabeça da viagem, depois o Eduardo, Tiago e o Rui a fechar.
A primeira paragem seria a Régua, para almoço. Era um trajeto curto ficaríamos com um terço do percurso para o dia cumprido. E assim foi. Curva e contracurva e lá fomos descendo. Esta parte da estrada era meio para o "técnica". Eram curvas lentas. Parámos no km 69 para cigarro e fotografia (claro!).
Depois foi seguir até à Régua e arranjar sítio para comer. Comemos bem. Aliás, comemos e bebemos bem. Tão bem que acabámos por arrochar num jardim junto ao restaurante.
Lá acordámos e seguimos. O Tiago passou para a frente. E deu mais ritmo à viagem. Até que encontrámos para darmos a conhecer ao mundo que encontrámos o Colo do Pito. Sim ele existe.
Depois das gargalhadas da praxe, mais caminho.
A paragem seguinte foi em Viseu. Mesmo no centro. Era feriado religioso e chegámos mesmo a tempo de assistir à procissão. Descansámos mais um pouco e tirámos mais fotos. A seguir, tinha como objetivo encontrar o sítio onde a N2 se "enterra" na albufeira da barragem da Aguieira. Procurámos, procurámos, procurámos... NADA. Continuámos o caminho. Penacova era a meta e já estávamos atrasados... às oito e pico lá chegámos. Pensão, arrumar mota e jantar. 
Depois do jantar fomos brindados com chuva. Moderada. Mas era suficiente para nos molharmos. Felizmente já tínhamos decido que as motas ficavam paradas depois de cada dia. Chegámos perto da pensão e estava uma padaria aberta. Sentámo-nos para uma cerveja. Começámos a falar com os donos da padaria. "Aquelas motas são vossas?". "Sim, são!". "Hmmm... sabem que andam praí uns miúdos que andam a roubar motas. Ainda um destes dias um cliente daqui ficou sem a dele. Os putos foram apanhados, a mota apareceu, mas eles andam por aí outra vez. Não querem deixar a mota dentro da pastelaria? Só têm de as tirar antes das 7 da manhã!". "Não, deixe estar. Deve ser tranquilo".
Pagámos a cerveja e as águas e fomos ao quartos. Começámos a falar. "Pá, que achas? Deixamos as motas lá fora? Às tantas era melhor prendê-las a um poste." "Mas eu não trouxe cadeado. Só mesmo o de disco!" "E eu não tenho nada!" "Bem, vamos prender as motas umas às outras. Temos ali aquele passeio gigante. Isto não deve ter assim tanta gente como isso." "Vamos fazer isso". E lá fomos nós pegar nas motas, com as rodas da frente todas juntas. Corrente posta à volta e lá fomos nós dormir.

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