13.10.15

2 TAVARES + 1 AFIM: dia 09_06 de setembro.

"Traz-me um cabo USB."

Viajar de moto é o culminar de muita coisa. Da necessidade de ter férias, da curiosidade em conhecer sítios diferentes, da poupança que se faz durante o ano, do planeamento e da vontade de partir. Mas como em qualquer coisa planeada, há sempre qualquer coisa que falta. Nesta viagem foi o cabo USB. Mas já lá vamos.


A manhã veio. Tirámos a roupa que estava a secar cá fora, tomámos o pequeno almoço e seguimos o nosso caminho até Tours. Tours não é grande, mas fica no vale do rio Loire, uma zona com mais de 300 (sim, 300) castelos para conhecer. 

Eram cerca de 150 km para fazer. Mais uma vez seguíamos o GPS até lá chegar. Desativei a opção "portagens" e lá seguimos nós, com toda a calma. A certa altura o bicho levou-nos para a A20, uma via rápida. Mandei-o às urtigas e segui pela nacional, que fazia o mesmo percurso, mas passava no meio de aldeias. Era domingo e parece que os franceses não ficam por casa ao domingo. O nosso contador de serviço (o pai da Nuna) deve ter contado "umas vinte pessoas na rua" até Tours. Eram retas tipicamente alentejanas, sem a parte do Alentejo. Tudo era verde a perder de vista: campos, floresta… de um lado e do outro.

As retas a perder de vista.

As vistas por que passámos.

Devemos ter parado uma ou duas vezes até Tours. Como chegámos cedo, almoçámos perto do hotel. E depois seguimos até ao centro. O trânsito estava cortado, o que era estranho. Víamos algumas pessoas na grande avenida que dava acesso ao centro. Estranho… é domingo.

Estacionámos as motos, tirámos os capacetes. E os olhos da NUNA **brilharam**. Era uma braderie. 14 quilómetros de bancas em que se vendia de tudo: velharias, roupa, comida… Escusado será dizer que andámos a passo de caracol durante umas horas. Vimos tudo.

Em Tours, olhando para um lado...

…ou para o outro, era um mar de gente.

Quanto ao cabo USB, é melhor ver o vídeo


Mas nem só de compras se fazem as férias. Ainda visitámos a Catedral, imponente e com um detalhe nas esculturas exteriores que impressiona. Depois veio o cedro do Líbano. Não há fotografias que lhe façam justiça. Aquilo é grande, muito, muito grande. Grande ao ponto de precisar de outras árvores para segurar os ramos. E os jardins, cuja configuração vai mudando ao longo do tempo.

A Catedral de Tours.

O cedro do Líbano. Plantado em 1804, tem 33 metros de envergadura e o tronco principal tem 7,5 m de diâmetro,.



Confesso que não estava à espera da braderie. Aliás, a mais conhecida, a de Lille contava com cerca de 2,5 milhões de visitantes nesse fim de semana. Se pensam que 14 quilómetros é muito, a de Lille tinha mais de cem, só em bancas.


Cansados de tanto andar, decidimos rumar ao hotel. Jantaríamos qualquer coisa leve, até porque já tínhamos almoçado muito bem (e tarde). E também porque o dia seguinte iria ser cansativo. Íamos percorrer o interior de castelos.


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