6.10.15

2 TAVARES + 1 AFIM: dia 07_04 de setembro.

Entre milhares e ninguém.

Depois de duas noites em Carcassonne, com muitos turistas dentro da cidadela, uma pequena viagem de barco no Canal do Midi, voltaríamos à estrada para rumar mais a norte. O destino era Montauban e, seguindo o que tinha (mais ou menos) visto, teríamos menos de 300 km para fazer.


A estrada que nos levaria a Toulouse.

A fotógrafa em pleno enquadramento.

O primeiro ponto de paragem seria Toulouse. Deambulámos pela cidade, passando pelo grande Teatro, que desemboca numa grande praça. Como estávamos perto da hora de almoço, começámos a procurar por um sítio onde comer. Não encontrávamos nada que nos agradasse. Penso até que andámos mais de meia hora sem ver restaurantes que "chamassem".

Até que vimos a indicação para um mercado. "Vamos por ali". Entrar no mercado por si só já foi giro. As bancas com frescos, os queijos… é melhor parar.
No primeiro andar do mercado, de seu nome Victor Hugo - talvez uma referência ao escritor do século XIX -, havia um conjunto de restaurantes. Escolhemos o que tinha mais gente. O prato do dia não era caro (cerca de 13€, o que é muito bom em França) e pareciam bem interessantes. Dois bifes, um peixe e três sobremesas depois estávamos nós a passear nas ruas de Toulouse.

Uma coisa que me agrada (muito) em França são as boulangeries. Eles dão muita atenção ao pão. Têm-nos de vários feitos, tamanhos e preços. Mas há uma coisa comum: são bons. Mesmo bons. O que me custa, já que em Portugal parece que se caminhou para a lei do pão congelado e aquecido "ao deus dará". 

Et voilà. Toulouse!

Sim, também há um carrossel em Toulouse.

Durante esta nossa volta reparámos que as lojas estavam todas abertas, com bancas montadas cá fora. Estava mesmo muita gente na cidade. E não seriam turistas…

Artistas de rua em trabalho.

Uma (grande) praça em Toulouse. (cliquem para ver em grande)

As pessoas, a fotógrafa e o modelo.

De Toulouse seguimos para Auvillar. Segundo a nossa guia (a Nuna) Auvillar é uma das aldeias mais bonitas em França. Por isso, tínhamos de ir lá.
Apontei o GPS e lá fomos nós, percorrendo nacionais descontraidamente. Como a temperatura do ar era boa (cerca de 20 ºC) rolar por estradas que cortavam campos e florestas sabia bem. Muito bem. É engraçado, é bom ver que França é verde, muito verde. Estávamos a passar por florestas e matos e não se via indícios de incêndios passados. 

A certa altura o GPS apontava para uma estrada estreita, daquelas estradas municipais, com asfalto de segunda. Fomos. As estradas eram estreitas ao ponto de não se cruzarem dois carros. E tivemos a experiência do quão estreita era. Uma debulhadora GIGANTE que nos apareceu à frente. Tão grande que ocupava mais do que a largura da estrada. Quando chegámos a Auvillar, o pai da Nuna descreveu (e bem) "a estrada era tão movimentada que cresciam ervas no meio".
A paisagem até Auvillar.

A tal estrada onde, mais à frente, as ervas cresciam.

Auvillar é uma aldeia bonita. Cercada por um muro, reina a calma. Há muito poucos carros a circular (eu contei 4). Mesmo no centro há um pequeno mercado e vêem-se muitas referências aos caminhos de Santiago, ideia reforçada pelo interior da igreja da aldeia.

Num dos extremos da aldeia temos uma vista sobre o rio Garonne e as florestas em frente. Mais uma vez, o verde impera. À esquerda conseguimos ver uma ponte suspensa, pelo que perguntei à Nuna se isto era Lisboa. Ou São Francisco. Mais à esquerda, algo que não esperaria ver num sítio assim: uma central nuclear que, soube mais tarde, se encontra em funcionamento.

A panorâmica de uma ponta da aldeia. (cliquem para ver em grande)

A entrada para Auvillar.

A torre do relógio.

O local onde se realiza o mercado.

Uma casa.

Dois motociclistas (com estilo).

Pormenor da representação dos peregrinos.

Outro pormenor da representação dos peregrinos.

A loja de arte.

Deviam ser 19:00 quando saímos da aldeia. Decidimos que iríamos jantar no quarto do hotel, uma vez que ainda faltavam alguns quilómetros para Montauban, e porque não deveríamos chegar a tempo para encontrar um restaurante aberto - sim, os franceses jantam cedo.

A caminho de Montauban apareceram muitos pomares, tapados por redes que seriam para "atrasar" o crescimento da fruta. Desta forma, ela cresceria mais devagar e, se fosse preciso, a rede era retirada para "acelerar" o crescimento.
Mas houve outra coisa que me fez questionar o que se teria passado… árvores tombadas. Muitas árvores tombadas, outras partidas, telhados levantados e alguns postes de eletricidade partidos.

Chegámos ao Premiere Classe por volta das 21:00. Estacionámos, fizemos o check-in e jantámos uma terrine, queijo, pão e fruta. Para mim estava ótimo. E ainda deu para ver o jogo (miserável) entre Portugal e França.


Fazer 15 dias de moto tem inconvenientes. O maior deles, sobretudo para a Nuna, era o espaço. O espaço para levar roupa, para levar recuerdos ou a uma carteira. Tinha de ser tudo reduzido ao mínimo. E, por causa disso, há que lavar roupa nos hotéis. O que dá origem a fotos "engraçadas". Roupa pendurada dentro dos quartos é só uma delas. A outra é tentar encaixar o saco dentro da mala, porque as coisas parecem "inchar" de dia para dia.

O percurso do dia.

1 comentário:

  1. Fotos lindíssimas.
    Gostei "de ver" Toulouse.
    Umas belas férias, sim.
    Beijinho

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