17.6.14

Vamos aos Picos da Europa e voltamos já (1/5)

A verdade é que já estava à espera desta viagem há algum tempo. A verdade é que queria ter mais tempo para "entrar em mais sítios" dos Picos da Europa. A verdade é que gostaria de repetir esta viagem. De preferência com pendura.




Dia 01: Porto - Bragança
17:30. Foi a hora que marcámos para o encontro. Seria frente ao Bar Praça (na Praça Filipa de Lencastre). Cheguei 5 minutos mais cedo. Estava ansioso. Desde as 10 da manhã. Queria pôr-me na moto e rolar e ver paisagens, curtir curvas, comer, "curtir" com as pessoas que ia rolar comigo: o Gonçalo (Jorge), o Rui e a Carla (Inês).
17:30. Pedi um fino e acendi um cigarro. Estava sozinho. 10 minutos depois chega o Gonçalo. Pediu um fino. Fomos bebendo, contando histórias, antevendo (mais ou menos) o que estaria para vir.
"- O Rui? Não será melhor ligar?"
"- Ele diz que chega daqui a 10 minutos"
"- Sendo assim, é melhor pedirmos o segundo fino"
"- Gonçalo, não bebo mais, pá. Quero estar seguro na estrada e tal."
Continuámos a falar. Acabei por pedir outro fino. A meio do fino chega o Rui.
"- Pessoal, estou com fome, vamos comer qualquer coisa"
Siga! Tasca da "Badalhoca" na Rua da Picaria. Sandes de rojão e uma cerveja. Cigarro, piadas, e afirmações absolutas.
"- Estou ansioso por esta viagem, vai ser épica!".

Motos, Autoestrada. Caminho sem história. Marão (IP4). Gonçalo à frente, a cortar nevoeiro com uma destreza e velocidade que me deixaram de boca aberta. A esta altura já os fatos de chuva estavam vestidos. Parámos mais à frente. Cigarro e "Será que vai chover?". Seguimos. Começou a chover. Muito, demais. Pequena paragem "Pá, estou com pouca gasolina". Siga para um posto de abastecimento. Chegada a Bragança às 22:30. Abastecimento. Idalina bate recordes.

"Bem, temos de arranjar um restaurante". Chegámos a um, que estava quase a fechar. Comemos 4 postas e bebemos duas garrafas de vinho. O Gonçalo negoceia uma para levarmos mais uma para o bungalow e mete conversa com o dono do restaurante sobre as consequências da política centralista do governo, da interioridade, emigração, regionalização... conversa de circunstância: para um comuna.
Saímos quando o Rui assim o permitiu - após a obrigatória sobremesa. Tinha parado de chover. "Fixe", pensámos nós. No caminho para o Parque de Campismo, alguém se lembrou de voltar a abrir a torneira lá no céu. E molhámo-nos. Muito. Mas o que interessa é o Rui comeu a sua mousse de chocolate!

No Parque de Campismo valeu a disponibilidade do rapaz que lá estava. Deixou-nos entrar com as motos, por um caminho de terra batida, até ao bungalow. Como havia aquecedores, as botas e luvas foram todas para junto dele para secar.
Ficámos na conversa até às 4 da manhã, enquanto íamos vendo o jogo de Portugal. Sem o sabermos - porque a noite estava escura como breu - um motard (holandês?) dormia ali ao lado, na sua tenda de campismo.



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