Gambetta és o maior. Um mercado de rua. Mais queijo.
De Montauban iríamos em direção a Limoges. Eram 180 km que nos levariam mais para norte.
Lembro-me do planeamento deste dia, ainda antes de arrancarmos. Eu queria fazer curvas e apontava para Rocamadour, no Parc Naturel Régional des Causses du Quercy. Depois desistimos porque dormir nessa zona era caríssimo. A Nuna queria, também, visitar Sarlat-la-Canéda. Não dava porque multiplicava os quilómetros. Lembro-me que foi "stressante" planear este dia.
Acabámos por fazer uma linha reta entre Montauban e Limoges. Mas com paragem em Cahors. Foi uma boa decisão.
Cahors é a cidade onde nasceu Léon Gambetta, primeiro ministro francês que foi importante nos anos da guerra prussiana. Aliás, a importância dele foi grande em toda a França que existem milhares de ruas Gambetta (o google que o diga).
Cahors é uma pequena vila, que fica na curva do rio Lot e muita famosa pelo seu vinho. Chegámos cedo, estacionámos as motos e lá fomos nós descobrir a vila. Começámos pela ponte Valentré. Impressiona pela imponência. Aliás, a imponência deverá ser a palavra mais repetida daqui para a frente.
A entrada de Cahors (para nós).
A ponte Valentré.
Uma panorâmica em cima da ponte.
Um casal na ponte.
Depois da ponte, rumámos ao centro da vila. Íamos em direção à Catedral. Depois de comprarmos a bola de neve da vila e o belo do autocolante com o brasão (para a mala da moto) chegávamos à praça da Catedral. Queijo, queijo, queijo, enchidos, enchidos, enchidos, vinho, vinho, vinho. Era dia de mercado. A praça estava cheia de bancas a vender frescos, comida feita na hora, QUEIJO, enchidos e vinho. Passeámos, comparámos preços e lá compramos pão e QUEIJO para o nosso almoço. Eu estava tão "perdido" com o mercado de rua que nem me apercebi se a catedral estava ou não aberta.
O mercado de rua junto à Catedral.
Uma ponta anarquizada.
No meio das ruas estreitas lá fomos descobrindo vielas, um tanque comunitário e os cafés, onde já via gente a comer. Sentado no banco de uma praça comemos o (maravilhoso) queijinho de cabra. Não bebemos vinho, mas tomámos café num pequeno café que era mais uma casa de apostas que outra coisa.
Ligar motos e rumar a Limoges. Não queríamos chegar tarde. Queríamos passear e conhecer um pouco da cidade.
Ai e tal estamos perdidos.
Limoges é pequena (isso já se sabia), mas eu estava à espera que fosse mais bonita. Com exceção do jardim do Museu e da catedral, não há muito mais. Vagueámos um pouco e acabámos dentro de uma igreja onde algumas das cadeiras estavam colocadas de frente umas para as outras. Achei estranho. Muito estranho.
Voltámos para o hotel e decidimos que íamos comer num dos restaurantes que ficavam perto. Depois de mais dois nacos de carne e de uma salada, caminhámos até ao hotel. Estava feito mais um dia. Já devíamos ter ultrapassado os 2000 km de viagem.
O percurso (que só comecei a gravar em Cahors).
Fantástico!
ResponderEliminarNão sei dizer mais nada.